sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cicatriz hipertrófica e quelóide

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As cicatrizes hipertróficas e os quelóides caracterizam-se por síntese de colágeno com fibras que não se orientam ao longo das linhas de fenda, mas sim em espiral. Existem inúmeras dúvidas quanto ao diagnóstico diferencial das duas patologias, porém, segundo Wolwacz et al.51, há diferenças histológicas comprovadas entre elas, que apontam para duas patologias diferentes. Para Guirro & Guirro3, uma cicatriz hipertrófica pode regredir espontaneamente e a hipertrofia ocorre dentro dos limites da lesão. Os quelóides não apresentam essa melhora espontânea: a fibrose forma-se além dos limites da lesão e os portadores têm sensação de prurido, ferroadas ou queimação.

Fatores como infecção, tensão da ferida, tração excessiva no momento da incisão cirúrgica podem favorecer o aparecimento de quelóides.

O tratamento desse tipo de cicatrização é variado. Inicialmente era preconizada cirurgia para sua redução, porém esse método isolado é freqüentemente passível de recidiva51. Atualmente é indicado o uso da terapia de compressão (malha de tecido elástico aplicada diretamente na lesão por grande período de tempo), uso de corticóides, lâminas de silicone (oclusão e hidratação do estrato córneo), cirurgia a laser e crioterapia (destruição das camadas celulares por anóxia devido à ação do frio nos vasos).

A microdermabrasão superficial é um recurso indicado por sua simplicidade e baixo risco. A massagem, seja feita por técnicas manuais ou com o auxílio de aparelhos, também tem sua aplicabilidade na terapêutica para melhoria das cicatrizes, assim como o ultra-som e a iontoforese.

Fonte

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A endermoterapia

É uma técnica aplicada através de um aparelho que realiza um sistema de vácuo através de diferentes ventosas, utilizadas conforme a necessidade e extensão da área a ser tratada, que exerce uma pressão negativa sobre os tecidos subcutâneos produzindo funções associadas de depressomassagem e desfibrosagem, que favorecem as trocas gasosas, aumenta e melhora a tonificação tissular, favorece a mobilização dos líquidos corporais, aumenta o fluxo sangüíneo local e auxilia na nutrição do tecido tratado, melhorando o aspecto da pele.

A endermoterapia foi criada na França nos anos 70. O principal objetivo da técnica era eliminar cicatrizes decorrentes de queimaduras e acidentes. Depois de algumas sessões, o criador da técnica, Louis Paul Guitay, observou que na região tratada havia uma melhora, principalmente, na redução de celulite e gordura localizada.

Benefícios:

Promove a melhora da circulação sanguínea e linfática, auxiliando na redução de edemas e hematomas, favorece a eliminação de toxinas, aumenta a estimulação dos fibroblastos para a produção de colágeno e elastina, com aumento da elasticidade cutânea, gera quebra de adiposidades e fibroses, melhora o contorno corporal, promove a renovação e a nutrição celular, estimula a tonificação dos tecidos, melhora o aspecto "casca de laranja" causado pela celulite, auxilia na atenuação de rugas e cicatrizes recentes ou não.

Indicações:

- Celulite
- Gordura localizada
- Flacidez cutânea
- Pré e pós-operatórios
- Fibroses
- Cicatrizes em geral
- Seqüelas de acne
- Envelhecimento cutâneo

Contra-indicações:

- Tumores e lesões cutâneas
- Fragilidade capilar
- Doenças infecciosas evolutivas
- Reumatismos inflamatórios

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

As estrias

São regiões de atrofia de pele.  Possuem aspecto linear, com comprimento e largura variáveis. Podem ser raras ou numerosas, com disposição paralela umas às outras e perpendicularmente às linhas de clivagem da pele3. Inicialmente têm aspecto eritemato-violáceas, finas e podem gerar prurido. Com a evolução do quadro, adquirem o aspecto esbranquiçado, quase nacarado, tornando-se mais largas.

Parte da dificuldade em determinar sua etiologia deve-se ao fato de estarem relacionadas a diferentes situações clínicas. Podem aparecer por um repentino estiramento da pele, com conseqüente ruptura ou perda de fibras elásticas, podendo decorrer de crescimento rápido, aumento de peso ou gravidez. Podem estar relacionadas a alterações  endocrinológicas, principalmente associadas a corticóides e ao estrógeno. O exercício vigoroso e algumas infecções como febre tifóide e hanseníase também são apontados como causadores de estrias.

Seu tratamento varia de acordo com a evolução. Aplicações de substâncias tópicas devem ser específicas para cada fase; por exemplo, o uso de tretinoína tópica é efetivo para a estria rubra, mas não para a alba.

Um método muito utilizado para o tratamento da estria madura é a aplicação de corrente galvânica filtrada. O estímulo desencadeia um processo de reparação, por meio de uma inflamação aguda localizada, que visa restabelecer de forma satisfatória a integridade dos tecidos tratados.

Há também descrição do uso de luz intensa pulsada (IPL) para o tratamento da estria alba e do Dye laser.

A microdermabrasão, procedimento com finalidade de destruição da camada epidérmica e/ou dérmica superficial, podendo ser feito por microcristais com vácuo ou dermabrasor com ponteiras impregnadas de diamantes, tem o objetivo de estimular a regeneração da estria pela instalação de um processo inflamatório, com conseqüente estímulo da
atividade fibroblástica.