quarta-feira, 30 de maio de 2012

Artigo: Intervenção fisioterapêutica nas sequelas de drenagem linfática manual iatrogênica: relato de caso


Diversas técnicas de massagem e terapias manuais têm sido usadas ao longo dos tempos para tratar condições inestéticas. Atualmente, devido ao maior interesse da população por tratamentos que melhorem os contornos corporais, as adiposidades localizadas e o fibro edema geloide, tem havido grande procura por diferentes recursos terapêuticos e massagens ditos como "redutores" ou "modeladores"1-4.

Por conta disso, observa-se uma crescente oferta destas técnicas em serviços e clínicas de estética, muitos destes gerenciados ou aplicados por profissionais não qualificados, os quais, aproveitando-se da popularidade das técnicas de drenagem linfática, têm seduzido um público cada vez maior, com falsas promessas de melhora imediata da condição estética e do bem-estar5.

Também têm surgido, de forma crescente, relatos de pacientes que frequentam estes serviços sobre características obscuras destas práticas em que são submetidos, em especial das técnicas de drenagem linfática, executadas de forma iatrogênica com manobras extremamente vigorosas, provocando dores intensas e equimoses, gerando um intenso sofrimento e complicações como microvarizes, piora do fibro edema geloide e deslocamento de trombos6.

Este panorama, que beira a margem do conhecimento científico, não apenas põe em risco a saúde da população7, como também pode contribuir para o descrédito e a desvalorização da Fisioterapia Dermato Funcional perante a sociedade leiga e científica.

Em função disto, os propósitos deste estudo foram apontar as sequelas da utilização iatrogênica da técnica de drenagem linfática manual em uma jovem caucasiana e verificar os efeitos da intervenção fisioterapêutica no tratamento destas.

 

METODOLOGIA

Descrição do caso

Voluntária do gênero feminino, 27 anos, caucasiana, queixa-se de dores e hematoma na região lateral da coxa esquerda. Relata que se submeteu a uma sessão de drenagem linfática manual (DLM), com finalidade estética há dois dias e cujas manobras, caracterizadas por deslizamentos e amassamentos "fortes" e "rápidos", foram executadas durante 75 minutos nas regiões do abdome e das coxas. Refere ter sentido dor intensa durante todo o procedimento, porém de modo insuportável na região lateral da coxa esquerda, solicitando a interrupção da técnica, porém a dor não cessou e, após algumas horas, notou o aparecimento de hematomas e inflamação na região.

Ao exame físico, observou-se uma equimose importante na região lateral da coxa esquerda, medindo aproximadamente 28 x 9,5 cm (comprimento x largura), telangiectasias, microvaricosidades e petéquias esparsas em ambas as coxas e pernas, com índice de massa corporal IMC 23,75 kg/m2, biotipo ginoide, pele fototipo II de Fitzpatrick e dor de forte intensidade (7,5 na escala visual analógica - EVA)8 à palpação suave, tumefação tecidual local (edema ++/4; moderado), consistência do tecido subcutâneo levemente aumentada, temperatura discretamente elevada e sinal de Godet negativo9.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), n° 13428829.

Objetivos e condutas

Frente a esse quadro, os objetivos terapêuticos foram reduzir o quadro inflamatório, a dor, o edema e as equimoses, por meio das seguintes condutas fisioterapêuticas:

  • Ultrassom 3 MHz, pulsado com ciclo de trabalho de 20% (2 ms on, 8 ms off), densidade de potência de 0,4 W/cm2 (Spatial Average Temporal Peak - SATP), frequencia de repetição de pulso de 100 Hz, área de radiação efetiva (Effective Radiation Area - ERA) de 5 cm2, aplicado de forma circular, uniforme, ininterrupta e lenta (aproximadamente 4 cm/segundos) com gel acoplante (polímero carboxivinílico). A área selecionada foi a região central da equimose, dividida em dois quadrantes, Q1 (inferior) de 57 cm2 e Q2 (superior) de 47 cm2 de área aproximada, durante 11 e 9 minutos, respectivamente. O tempo foi calculado de acordo com a fórmula: tempo = área/ERA x 1,510. O ultrassom utilizado foi o Sonacel Expert® de 3 MHz, calibrado com dosímetro de precisão (Ultrasonic Power Meter, modelo UPM-DT10), ambos da Bioset Indústria de Tecnologia Eletrônica Ltda, Rio Claro, SP, Brasil.
  • DLM, técnica Leduc e Leduc11 durante 20 minutos na coxa esquerda, com pressão suave (de aproximadamente até 40 mmHg, aplicada por profissional experiente e previamente treinado) e velocidade lenta (aproximadamente uma manobra a cada cinco segundos), executando-se dez manobras nos nódulos linfáticos supraclaviculares e nos inguinais esquerdos, manobras em reabsorção (Résorption)11 na coxa medial, anterior e lateral até a extremidade distal da equimose, repetindo-se dez vezes a cada 5 cm, retornando com manobras em chamada (D'appel)11 até a região proximal da coxa, com a mesma distância e repetição e finalizando com 10 manobras nos nódulos linfáticos inguinais esquerdos.

As orientações gerais foram: evitar novos traumas e temperaturas muito elevadas no local.

Procedimentos de avaliação

A evolução da dor foi quantificada por meio da EVA8, do edema, por meio da inspeção e palpação9, e das equimoses por registro fotográfico com câmera digital de 7.2 megapixels, modelo DSC-W110 Sony®, posicionada perpendicularmente a 30 cm da coxa esquerda12, para graduação do espectro equimótico de Legrand du Saulle13, ambos coletados antes dos procedimentos terapêuticos a cada atendimento.

 

RESULTADOS

Foram realizadas nove sessões de tratamento até a alta da voluntária, num período total de 14 dias, executadas no 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 10º, 11º, 12º e 16º dias após a lesão, seguindo-se as mesmas condutas.

Observou-se que a dor da voluntária inicialmente de forte intensidade (7,5) passou a ser moderada (5,0) após a 1ª sessão, de fraca intensidade da 5ª (3,0) à 10ª (1,0) sessão e cessou na 11ª, mantendo-se ausente até a alta, conforme apontado na Figura 1.

 

 

O edema diminuiu após a primeira sessão, passando de moderado (++/4) a leve (+/4) e regrediu completamente na quinta sessão. O aspecto da equimose teve evolução gradativa, com discreta diminuição da tonalidade vermelho violácea do segundo ao sexto dia pós-lesão, porém com importante redução da tonalidade vermelho violácea para verde-amarelada do 6º ao 11º dia e clareamento quase total do 11º ao 16º dia, permanecendo apenas discretas equimoses verde-amareladas no bordo lateral do quadrante inferior. No 16º dia, verificou-se a presença de telangiectasias e microvaricosidades na área da lesão, sendo que a voluntária declarou não apresentar tais lesões antes do procedimento iatrogênico inicial. As Figuras 2, 3 e 4 ilustram a evolução do edema e das equimoses.

 

 

 

 

 

 

DISCUSSÃO

Apesar da existência de versões adaptadas e evoluídas relacionadas à DLM, que são aprimoradas por diferentes escolas científicas ao longo da história, conforme achados e pesquisas experimentais de anatomia, fisiologia e fisiopatologia do sistema linfático, as manobras devem ser sempre leves, superficiais, lentas, pausadas e repetitivas, drenando apenas o líquido intersticial dos tecidos mais superficiais do corpo e a rede de plexos linfovenosos subpapilares, intradérmicos e hipodérmicos, localizados entre as camadas da pele e tela subcutânea. Devido a isto, a pressão exercida sobre a pele do paciente deve ser de até 30 a 40 mmHg14-16.

O que ocorre nas diversas situações de seu uso, em indivíduos saudáveis ou com doenças e lesões, são adaptações de alguns componentes da técnica, conforme o quadro clínico individual vigente, porém sem descaracterizá-la16-21. Os edemas, linfedemas e outros distúrbios correlacionados podem apresentar um caráter inestético, e a melhora clínica destas condições patológicas normaliza a função dos órgãos e sistemas orgânicos, influenciando, consequentemente, a aparência corporal dos indivíduos e, despertando grande interesse na população pela DLM.

Aproveitando-se disto, muitos serviços de estética e embelezamento nos últimos anos passaram a oferecer estes tratamentos ao público, sendo notificados, no estado de São Paulo (até outubro de 2007) pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Terceira Região (CREFITO 3), cerca de 1.300 estabelecimentos, que faziam o uso indevido do termo drenagem linfática e ofereciam a técnica sem profissionais habilitados5.

A voluntária, quando questionada se o profissional que a atendeu era habilitado, respondeu negativamente, o que denota a necessidade de fiscalizações constantes dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e a execução de campanhas educativas para a população.

Godoy, Belczack e Godoy22 alertam que várias técnicas de massagem são utilizadas de maneira inadequada e denominadas falsamente de DLM, causando prejuízos aos pacientes, como Casley-Smith et al.14 relatam que uma DLM mal aplicada é um dos piores impedimentos para a função do sistema linfático. Além disso, ela apresenta contra-indicações, oferecendo alto risco para a saúde, no caso da não-observância destas e/ou despreparo técnico-científico dos profissionais que a utilizam.

Outras técnicas de massagens hiperemiantes e de descolamento subcutâneo, utilizando manobras com maior pressão que a DLM, são indicadas como coadjuvantes para o tratamento de algumas disfunções estéticas, porém, devem respeitar a integridade dos tecidos manipulados e a sensibilidade dolorosa dos pacientes, especialmente daqueles que apresentam fragilidade capilar23, como no caso da voluntária em questão.

A propósito, segundo Heckel apud Boigey24,"[...] a idéia muito difundida, há uns 20 anos, de amassar os nódulos e as placas de celulite através de beliscão energético indo até a equimose, é a prova de um incurável obscurantismo", mostra que há quase 90 anos já se descrevia que as técnicas de massagem dos tecidos superficiais com fibro edema geloide (celulite) e adiposidades localizadas devem ser realizadas de forma leve, superficial, branda e agradável, respeitando sua integridade, para não produzir equimoses e tampouco dor excessiva, uma vez que a ruptura das fibras elásticas e a formação de processos inflamatórios pioram ainda mais o estado dos tecidos comprometidos23,24.

Observou-se, neste caso, que a aplicação iatrogênica da DLM provocou um intenso processo inflamatório associado à equimose na região lateral da coxa esquerda e que, mesmo após a intervenção fisioterapêutica, persistiram lesões como telangiectasias e microvaricosidades, conforme relato da voluntária, corroborando com a inadequação deste tipo de recurso manual e demonstrando que pode provocar danos sérios à funcionalidade tecidual e à própria condição da estética corporal.

Além disso, a mesma também foi submetida à massagem na região abdominal e, embora nã o tenha apresentado equimoses subcutâneas, foi exposta aos riscos apontados por Trotter25, que descreve outro caso de iatrogenia por massagem vigorosa para finalidades estéticas, de maior gravidade. O caso de uma mulher de 39 anos, submetida à massagem corporal profunda na região abdominal, incluindo o quadrante superior direito, que após 24 horas apresentou desconforto abdominal vagal, náuseas e dores no ombro direito, sendo hospitalizada com alterações graves do hematócrito, células brancas, albumina, enzimas hepáticas, tempo de protrombina e um grande hematoma de 14 x 18 cm no lobo hepático direito detectado por tomografia. Em seguida, foi tratada com transfusão de sangue e nos seis meses seguintes a mesma emagreceu 10,4 kg em função das náuseas e estado febril, mesmo em regime de internação.

Outras sequelas, como necrose de tecido adiposo26, perda auditiva neurossensorial após massagem no músculo trapézio, lesão da artéria vertebral27, deslocamento ureteral, síndrome interóssea anterior, pseudo-aneurisma arterial poplíteo28, também vêm sendo referidas, mesmo que sejam de forma isolada e em número reduzido.

Entretanto, estes casos não podem ser negligenciados26,27, merecendo destaque e atenção da população, autoridades e das associações de fisioterapia dermato funcional, que também devem se sensibilizar e contribuir para a eliminação deste panorama, pois, segundo a Resolução CREFITO-3 nº 27, de 29 de setembro de 2007, a técnica de drenagem linfática deve ser exercida por fisioterapeutas para a promoção da saúde e proteção da integridade física da pessoa humana7.

A redução da dor verificada pela EVA, demonstrada na Figura 1, pode ter ocorrido pela resolução do edema29 e do quadro inflamatório incentivado pela ação pró-inflamatória do ultrassom, que estimula a liberação de mediadores químicos como a serotonina, por aumentar a permeabilidade da membrana das plaquetas, e a histamina pela degranulação de mastócitos, bem como fatores de crescimento de fibroblastos pelos macrófagos, dentre outros eventos que aceleram a fase inflamatória, evoluindo mais precocemente para a fase proliferativa do reparo tecidual30-33.

Soma-se aos efeitos do ultrassom, a ação antiedematosa da DLM devido à descompressão das terminações nervosas, além do efeito vagotônico com ação sedativa e analgésica, desencadeada pelos estímulos parassimpáticos, provenientes das manobras da técnica20,23. Neste caso, foram utilizadas inicialmente as manobras de reabsorção (Résorption)11, que aceleram consideravelmente a reabsorção do edema e de macromoléculas pelos linfáticos iniciais, aumentando a formação de linfa. Em seguida, foram realizadas as manobras de chamada (D'appel)11 que exercem efeito de aspiração linfática, aumentando o transporte da linfa recém-captada ao longo dos vasos linfáticos, conforme preconizado por Leduc, Bourgeois, Leduc34,35.

Quanto à evolução da equimose da coxa esquerda, observou-se sua resolução com sete sessões de atendimento, provavelmente porque o ultrassom acelera a reabsorção de edemas e hematomas e atua, de forma fibrinolítica e trombolítica36,37. Berná-Serna et al.36 relatam um caso parecido com o deste estudo, porém, a voluntária de 62 anos apresentava um hematoma na bainha do reto abdominal de 12 x 8 cm e foi tratada com ultrassom 1 MHz, 1,5 a 2,0 W/cm², 8 a 12 minutos, pulsado com ciclo de trabalho de 20%, cinco vezes por semana, reduzindo de 12 para 5 cm em apenas um mês, quando comparado ao tratamento convencional de três meses ou mais.

Selecionou-se a frequência do transdutor de 3 MHz, pois a energia ultrasônica é absorvida entre 1 ou 2 cm de profundidade38, o que é suficiente para atingir a lesão da coxa esquerda da voluntária, diferentemente de Berná-Serna et al.36, que utilizaram 1 MHz, pois o hematoma estava em uma região mais profunda. Ademais, a 3 MHz a energia ultrasônica é absorvida três vezes mais rápido que a 1 MHz38, podendo-se em casos subagudos considerar o tempo em 1,5 a menos do resultado obtido10. Assim, viabiliza-se a prática clínica com relação ao tempo de aplicação, especialmente neste caso, cuja área da equimose era muito extensa. O ciclo de trabalho de 20% foi estipulado devido ao tratamento ter iniciado ainda na fase aguda, na qual não se deseja a produção e o acúmulo de calor, promovidos pela modalidade contínua38 e corrobora com o utilizado por Berná-Serna et al.36.

A persistência das discretas equimoses verde-amareladas no bordo lateral do quadrante inferior, no 16º dia, pode ter ocorrido por esta área ser a mais distal dos nódulos inguinais esquerdos e por apresentar menor número de coletores linfáticos, dificultando a reabsorção, além de ser uma região com mais adiposidade nas mulheres, o que facilita o acúmulo de líquido intersticial, edemas ou lipedemas. De acordo com o espectro equimótico de Legrand du Saulle13, após 16 dias, a pele já tende a obter a cor natural novamente, fato que culmina com a remissão espontânea, a qual pode ter colaborado com os resultados observados, independentemente do tratamento fisioterapêutico.

 

CONCLUSÃO

A aplicação iatrogênica da técnica de DLM, no caso estudado, desencadeou intenso processo inflamatório associado à equimose na região lateral da coxa esquerda, telangiectasias, microvaricosidades, petéquias, dor de forte intensidade e edema, demonstrando a inadequação deste tipo de recurso manual, o que pode provocar danos sérios à funcionalidade tecidual e à própria condição estética corporal da voluntária, além da possibilidade de prejuízos à saúde.

O ultrassom associado à DLM favoreceu a reabsorção do edema e da equimose, estimulou a resolução do processo inflamatório e aliviou a dor, verificando-se a efetividade da intervenção fisioterapêutica em apenas algumas das sequelas provocadas pela iatrogenia, sem desconsiderar que a remissão espontânea dos sinais e sintomas também pode ter contribuído para tal fato.

A DLM, independentemente da finalidade ou estilo de técnica, respeita a anatomia e fisiologia do sistema linfático e a integridade dos tecidos superficiais. Para tanto, deve ser executada de forma suave, lenta e rítmica, sem causar, em hipótese alguma, danos ou lesões aos tecidos e dor ao paciente. Por isso, cabe ressaltar a importância de conscientizar os fisioterapeutas que atuam com este procedimento para que o aplique de forma adequada, evitando tais iatrogenias, bem como a necessidade do desenvolvimento de ensaios clínicos controlados para avaliar a efetividade das técnicas fisioterapêuticas realizadas.

 

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Rogério Eduardo TacaniI; Pascale Mutti TacaniII; Richard Eloin LiebanoIII

Endereço para correspondência:
Rogério Eduardo Tacani
Rua Sapucaia, 974, apto 83 - Mooca
CEP 03170-050 - São Paulo (SP), Brasil
E-mail: rtacani@uol.com.br


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fisioterapia estética e seus objetivos


Atua nesta área prevenindo o aparecimento de cicatrizes hipertróficas e para facilitar o pré e pós-operatório de cirurgias plásticas. Atua ainda, na celulite, flacidez muscular, estrias, envelhecimento cutâneo e queimaduras. Se a gente observar os recursos utilizados na estética atual, vamos ver que a fisioterapia domina esses recursos tanto no aspecto teórico quanto prático.

Assim, a classe começou a se interessar pelo assunto e surgiu a fisioterapia aplicada à estética, que tem por objetivo tratar eficazmente os distúrbios estéticos. Esta eficácia se traduz por conhecimentos profundos dos principais recursos utilizáveis na área de estética bem como os conhecimentos específicos de anatomia, fisiologia, etc, o que leva o terapeuta a avaliar profundamente o problema, além de eleger o tratamento adequado. Infelizmente o que se vê, na prática, é que existem muitos profissionais que não estão preparados adequadamente para tratar as patologias relacionadas à estética. Esses tratamentos aleatórios podem causar sérios danos à saúde do paciente. Devido a isso é que a pessoa que procura por um tratamento estético tem de ser bem orientada para procurar o profissional correto para o seu caso.

A Estética Corporal desde os tempos mais remotos vem estabelecendo novas técnicas aplicadas em processos cicatricial por queimaduras ou cirurgias; restabelecimento de paralisias facial; postura corporal; tratamento anti-rugas; anticelulite e antiestrias dentre tantas outras.

Hoje tem recebido atenção especial de estudo e atuação do profissional em Fisioterapia que se utiliza os mais modernos equipamentos com tecnologia de ponta dentre os quais: fototerapia de emissão de luz polorizada; ultrasom terapêutico; eletroterapia; pressoterapia; regenerador de estrias; diatermia; gel e cremes específicos.


A Fisioterapia em Estética tem como objetivos principais:

Oxigenar a musculatura favorecendo a hipertrofia, eliminando células mortas e hidratando a pele, previne e trata a flacidez cutânea, ativando a produção de colágeno e elastina, favorecendo a regeneração celular;
Ativar e acelerar o metabolismo auxiliando na dieta;
Dissolver a gordura localizada, modelando e afinando todo o corpo, podendo perder de 2 a 20 cm em média;

Romper nódulos de fibrose (a celulite) que é uma toxina eliminando através das fezes, suor e urina;

É fundamental no pré e pós-operatório. No pré-operatório, para eliminar toxinas, hidratar a pele e preparar a circulação para o corte da cirurgia e favorecer a cicatrização e aderência da pele; e no pós-operatório para eliminar a toxina, edema, hematoma, aderência cicatricial e fibrose, principalmente após a lipoaspiração facilitando o bom resultado da cirurgia.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Conheça 10 tratamentos estéticos para combater a celulite


Nem mesmo as modelos de corpo mais sequinho conseguem escapar dela, atualmente. Horas sentadas, escorregões na dieta e alguma influência genética fazem deste o problema de beleza mais temido no cotidiano feminino. Cerca de 85% das mulheres com mais de 35 anos convivem com a celulite, de acordo com a dermatologista Carolina Marçon, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Esse tipo de inflamação está dividido em três graus, dependendo da profundidade dos buraquinhos e até da consistência da pele (mais firme ou mais flácida). No nível 1, a celulite aparece quando a pele é pressionada, enquanto no 2 nenhum estímulo é necessário para notar o problema. Já o grau 3, além de apresentar furinhos profundos, largos e em grande quantidade, pode provocar sensação de dor.

"Nenhum tratamento estético contra celulite funciona sem alterações na dieta e prática de exercícios fiscos", afirma a dermatologista. "É preciso reduzir o consumo de açúcar e de gorduras, além de tomar muita água. Exercícios aeróbios ajudam na queima de gordura localizada, enquanto a musculação dá mais firmeza para a pele".

Mas se você está com disposição para encarar um pacote completo de combate ao problema, veja as dicas dos especialistas e escolha a melhor solução estética para deixar sua pele lisinha outra vez.


Drenagem linfática - Foto Getty Images

Drenagem linfática
Indicada para todos os graus de celulite, a drenagem linfática é uma massagem voltada a à eliminação de líquidos acumulados nos tecidos. "A partir desses movimentos, toxinas e outros resíduos metabólicos também são expelidos, o que estimula a circulação sanguínea e, consequentemente, melhora o aspecto da pele como um todo", afirma a dermatologista Carolina Marçon, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A drenagem também tem um papel importante nas regiões atingidas pela celulite porque ajuda a eliminar pequenos nódulos de gordura aprisionados no tecido. Por isso, o método costuma ser bastante eficaz no combate ao problema, além, é claro, de acabar com a sensação de inchaço.

Massagem modeladora - Foto Getty Images

Massagem modeladora
Enquanto a drenagem linfática estimula a eliminação do líquido acumulado no corpo, a massagem modeladora atua tanto sobre o sistema linfático quanto sobre as placas de gordura. "Para atingir a gordura é necessária uma massagem mais firme e com movimentos rápidos e repetitivos", afirma a nutricionista especialista em estética Lila Valente, da Clinic Med. A manipulação da gordura promove a vasodilatação, aumenta a oxigenação local e acelera a velocidade de metabolização, o que ajuda a diminuir a flacidez. Ela é indicada para todos os graus de celulite, desde que o problema esteja associado a gordura localizada - nos casos em que a celulite surge por flacidez da pele ou carga genética, a massagem modeladora não é tão eficiente.

Creme anticelulite - Foto Getty Images

Creme anticelulite
Ainda não há uma solução definitiva contra a celulite. Os tratamentos também dependem de uma alimentação equilibrada, da prática regular de exercícios, da predisposição genética, entre outros fatores. "O uso de cremes anticelulite deve estar associado a outros tratamentos e hábitos saudáveis para surtir efeito", afirma a fisioterapeuta Ingrid Peres, da clínica Onodera Estética. O mercado oferece opções com retinoides, castanha da Índia, extrato de chá verde e diversas outras composições. Em geral, eles promovem a quebra da gordura local, a melhora da microcirculação e o estímulo à produção de colágeno, o que melhora a celulite.

Endermologia - Foto Getty Images

Endermologia
"A endermologia é um tratamento não invasivo que usa um aparelho motorizado composto por um sistema de sucção e dois rolos", afirma a dermatologista Carolina Marçon. Os movimentos do aparelho estimulam a circulação e promovem a drenagem linfática, o que diminui a celulite. Recomendado nos graus moderados e graves, o método ainda realiza uma leve esfoliação que elimina as células mortas no local em que é aplicado. Visualmente, a pele fica com menos irregularidades e com aparência renovada.

Radiofrequência - Foto Getty Images

Radiofrequência
De acordo com a fisioterapeuta Ingrid, este é um dos tratamentos mais eficazes contra a celulite. "Ele estimula a produção de colágeno, o que diminui as traves fibrosas que retraem o tecido e deixam a pele cheia de furinhos", afirma. O aparelho utiliza uma radiação eletromagnética de alta frequência que faz com que as moléculas de água se agitem, aumentando a temperatura. O procedimento não é invasivo e não traz qualquer prejuízo à pele. Além disso, é um dos mais duradouros, por reestruturar o tecido de maneira mais intensa. É indicado para todos os graus de celulite, principalmente nos casos em que há flacidez associada.

Mesoterapia - Foto Getty Images

Mesoterapia
A mesoterapia é uma técnica que utiliza um coquetel de medicamentos para diminuir a gordura no local tratado, de acordo com a dermatologista. "O princípio básico da técnica é a aplicação de uma pequena quantidade dessas substâncias na área a ser tratada. Ao se espalhar pelo organismo, o coquetel estará diluído, o que reduz o risco de efeitos colaterais". Mas segundo a especialista, dependendo da aplicação e da administração dos medicamentos, o resultado pode ser prejudicial. Ela reforça ainda que é fundamental associar o tratamento a um treino regular, à alta ingestão de líquidos e a uma alimentação equilibrada.

Laser - Foto Getty Images

Laser
O tratamento da celulite com laser é feito da seguinte maneira: na área que vai ser tratada, é aplicada anestesia local e, por meio de duas pequenas incisões (do tamanho da ponta de uma caneta), são inseridas cânulas com a fibra ótica do aparelho. "Em seguida, o laser é aplicado, destruindo a gordura localizada e quebrando septos fibrosos que deixam a pele com aspecto irregular", afirma a dermatologista Carolina Marçon. O procedimento ainda estimula a produção de colágeno, deixando a pele mais firme e com maior elasticidade. De acordo com a especialista, todo o processo leva cerca de uma hora e meia.

Carboxiterapia - Foto Getty Images

Carboxiterapia
A carboxiterapia, apesar de recomendada em algumas clínicas de estética para todos os tipos de celulite, não conta com apoio médico. Isso porque, inicialmente, a técnica foi criada para tratar úlceras na pele - a injeção de dióxido de carbono melhorava a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos, fazendo com que as feridas se fechassem mais rapidamente. Depois, começou a ser usada no meio estético com a ideia de que sua ação vasodilatadora também poderia reduzir a flacidez e as irregularidades decorrentes da celulite. Mas até agora foram feitos poucos estudos sobre a eficácia e a segurança do método, então a maioria dos dermatologistas não apoia o tratamento.

Ultrassom com lipolíticos - Foto Getty Images

Ultrassom com lipolíticos
O efeito mecânico e/ou térmico do ultrassom lipolítico tem sido bastante usado no combate à celulite e à gordura localizada. A promessa do tratamento é realizar modificações nas ligações intercelulares e aumentar a permeabilidade da membrana celular. "Ele tem uma potência maior do que o ultrassom convencional e, geralmente, é acompanhado de um gel que auxilia a movimentação do aparelho e facilita a penetração da onda sônica", explica Ingrid Peres. Entretanto, mais estudos são necessários para provar a real eficácia do método, o que faz com que o tratamento ainda desperte desconfiança no meio médico.

Gesso liporredutor - Foto Getty Images Gesso liporredutor
O gesso liporredutor é uma mistura de substâncias que endurecem quando aplicadas sobre a pele, promovendo aquecimento, vasodilatação e melhor penetração de princípios ativos como a cafeína. "Teoricamente, a cafeína atuaria quebrando a gordura, estimulando a microcirculação e drenando o líquido acumulado", afirma a dermatologista Carolina. O problema é que esse tratamento tem apenas base teórica, não havendo comprovação científica da sua eficácia. Ainda assim, o método é recomendado para graus mais avançados de celulite e, segundo as clínicas que realizam o tratamento, precisa de, pelo menos, dez sessões para apresentar resultados.

Fonte: Minha Vida - MSN

domingo, 13 de maio de 2012

Inverno chegando, é a hora de fazer peeling

O inverno é a melhor época para realizar o peeling facial, pois devido ao tratamento, a pele fica muito sensível à exposição solar, podendo ocasionar no aparecimento das manchas no pós-tratamento.

Para quem não sabe, o peeling é um tipo de renovação cutânea onde promove-se uma esfoliação em diversos graus.

É um tratamento indicado para suavizar as rugas e linhas de expressão, estimula a produção de colágeno, deixando a pele com aspecto saudável.

Tipos de Peeling

1) Peeling com luz pulsada: atualmente procura-se utilizar equipamentos que não promovam uma descamação tão severa. O tratamento consiste na aplicação de uma luz pulsada que provoca um leve desconforto. São necessárias de três a quatro sessões quinzenais ou mensais. No local das manchas formam-se crostas (casquinhas) escuras, depois estas caem, e assim atenuam. Este tratamento também pode ser utilizado para acne e rejuvenescimento;

2) Peeling com microdermoabrasão (ou peeling de cristal): é um aparelho que libera cristais com a função de promover um rolamento de suas partículas sobre a pele, esfoliando-a de forma homogênea e segura. São realizadas quatro sessões semanais e não há necessidade de afastamento das atividades diárias. É indicado para linhas de expressão, cicatrizes de acne, poros dilatados e aspereza cutânea;

3) Peelings superficiais seriados: realizado com ácidos, esse tipo de peeling promove descamação leve e não necessita de afastamento das atividades. São necessárias várias sessões, semanal ou quinzenal. Indicado para melhorar a textura e o viço da pele, as manchas e o fechamento dos poros. Quando se trata de acne, o efeito é secativo;

4) Peeling intermediário: realizado com uma combinação de ácidos, promove uma descamação mais intensa com formação de crostas (casquinhas). É necessário preparar a pele com soluções despigmentantes 15 dias antes da aplicação. É utilizado para melhorar a textura da pele, as manchas mais profundas e as rugas mais acentuadas;

5) Peeling profundo: é o famoso peeling de fenol. Este é realizado em hospital, pois provoca queimadura intensa e só pode ser realizado com anestésico injetável e sedação. Logo após o procedimento, ocorre descamação cutânea intensa, inchaço, formação de crostas (casquinhas) muito espessas por 15 a 20 dias e exige cuidados médicos diários neste período. Esta modalidade exige que a pessoa se afaste de suas atividades por 15 a 20 dias e a exposição solar é proibida.

Portanto, se você quer deixar sua pele com um aspecto jovem e linda para o verão, agora é a hora!!! Aproveite.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Tratamento de Fisioterapia na Celulite

O fibro edema gelóide, mais conhecido como "celulite", é um fantasma na vida da mulher e, talvez, uma das disfunções estéticas que mais causam desconforto nas pacientes que procuram ajuda profissional em clínicas e consultórios especializados.

Nove entre dez mulheres sofrem com o problema, seja na forma mais suave ou no estágio avançado, onde as depressões e saliências estão acentuadas.

Geralmente aparecem na puberdade, tanto na jovem magra, alta, quanto na gorda e baixa.
Além de ser desagradável aos olhos, do ponto de vista estético, ela também acarreta dores nas zonas acometidas e diminuição das atividades funcionais.

ESTÁGIOS

A celulite pode ser dividida em três estágios:
Grau I ou brando: Ainda não é visível. Notada somente pela compressão do tecido entre os dedos ou contração voluntária. Não há alteração de sensibilidade à dor, sendo sempre curável.

Grau II ou moderado: As depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos, com a luz incidindo lateralmente, as margens são especialmente fáceis de serem delimitadas. Já existe alteração de sensibilidade, sendo freqüentemente curável.

Grau III ou grave: O acometimento já é percebido com o indivíduo em qualquer posição: em pé ou deitada. A pele fica enrugada e flácida. Aparência cheia de relevos, a sensibilidade à dor aumentada e fibras do tecido conjuntivo quase totalmente danificadas, gerando as aderências cicatriciais. Este estágio é considerado grave e incurável, ainda que passível de melhora.

O PAPEL DA FISIOTERAPIA


    Existem diversas abordagens terapêuticas como forma de tratamento desse distúrbio, sendo estas de grande valia na obtenção de bons resultados, principalmente quando há associação entre duas ou mais técnicas.
A fisioterapia vem ampliando cada vez mais suas áreas de atuação, visando sempre o equilíbrio entre saúde física e qualidade de vida. A fisioterapia dermato-funcional é uma área recente que busca fornecer embasamento científico aos tratamentos estéticos que eram tidos como empíricos.

Os tratamentos fisioterapêuticos têm a capacidade de auxiliar a mulher em diferentes estágios da sua vida, evitando o mal-estar e prevenindo complicações decorrentes de mudanças hormonais.

Existindo a colaboração da paciente em adotar uma dieta equilibrada, acompanhada de exercícios físicos regulares, há um aumento dos benefícios do tratamento proposto, e principalmente a manutenção de um corpo mais saudável e belo, melhorando sua qualidade de vida e mantendo a auto-estima elevada.

COMO TRATAR?

O fisioterapeuta dispõe de meios físicos e técnicas terapêuticas como eletroterapia, técnicas manuais, cinesioterapia, RPG e cosmetologia, capazes de tratar efetivamente diversas patologias clínicas e estéticas e mais: com conhecimentos relevantes de anatomia, fisiologia, patologia.

Esse conhecimento proporciona uma abordagem direcionada à forma mais eficaz de tratamento para cada paciente, potencializando e assegurando resultados efetivos, sem causar riscos à saúde.
Alguns dos tratamentos mais utilizados atualmente são:

Corrente Galvânica

A iontoforese consiste em fazer penetrar no organismo substâncias farmacológicas ionizáveis através do revestimento cutâneo por meio de uma corrente elétrica unidirecional que possui propriedades polares iontoforéticas.
Segundo Parienti (2001), os primeiros resultados são notáveis em geral por volta da 6ª ou 7ª sessão de ionização. A duração é em média da sessão é cerca de 20 minutos. O número recomendado de sessões é de 20, podendo-se realizar novas sessões após um descanso de 1 mês.
 
Eletrolipoforese

Os efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipoforese são: efeito térmico (aquecimento local); efeito eletrolítico (atua no metabolismo da gordura, acelerando a quebra); efeito de estímulo circulatório (decongestiona a microcirculação local); efeito neuro-hormonal (com a liberação de adrenalina e histamina local), todos estes favorecendo a "quebra das células de gordura"

Correntes Excitomotoras


A estimulação elétrica neuromuscular (NMES) é um importante coadjuvante no tratamento do fibro edema gelóide. Esta modalidade terapêutica tem por objetivo propiciar o fortalecimento e/ou hipertrofia muscular, bem como o aumento da circulação sanguínea e linfática, melhorando assim o trofismo dos tecidos. 

Acredita-se que trabalhando-se com correntes de baixa freqüência poderemos ter uma boa contração muscular, em sessões com duração de 15-20 minutos, realizadas 2-3 vezes por semana. O número de sessões mais indicado está entre 15 e 30. Os resultados esperados e obtidos a partir de 10 sessões são: tonificação seletiva dos músculos, redução dos depósitos de gordura, aumento da circulação e aceleração do metabolismo.

Endermologia

É uma técnica de tratamento que engloba equipamentos específicos, baseados na aspiração (sucção), acrescidos de uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um incremento na circulação sanguínea e superficial.
As funções do tratamento com a endermologia no fibro edema gelóide consistem em melhorar a maleabilidade do tecido, com ação inclusive nas etapas mais avançadas do distúrbio, suavizando o aspecto acolchoado da pele.

 A endermologia visa, através de ação puramente mecânica, reverter o processo patológico do fibro edema gelóide, estimulando a dissolução dos nódulos e liberando as aderências teciduais, bem como favorecendo na diminuição dos transtornos circulatórios.

    Estudos comprovaram que a massagem mecânica não-invasiva melhora a aparência da celulite e altera a distribuição da gordura subcutânea, por tracionar verticalmente os tecidos.
Mostrou-se eficaz no tratamento da celulite um protocolo realizando endermologia 3 vezes por semana, 30 minutos por 20 sessões. Ele conseguiu diminuir e atenuar a sua presença, aumentando a auto-estima da paciente e proporcionando uma melhor aparência local.

Drenagem Linfática

A drenagem linfática é de grande importância no tratamento do fibro edema gelóide, diante do quadro de estase sanguínea e linfática. Essa técnica consiste em captar o líquido excedente que originou o inchaço e evacuá-lo em direção aos vasos do sistema linfático, mantendo, dessa forma, o equilíbrio de líquidos presentes no organismo.

A técnica de Drenagem Linfática Manual (DLM), quando bem realizada, melhora a tonicidade dos tecidos, aumenta o transporte de metabólitos, promove alívio da dor, aumenta a circulação sanguínea e linfática, auxilia na penetração de produtos com princípios ativos específicos, e aumenta a maleabilidade tecidual. Não se recomenda que a DLM seja a única forma de tratamento, uma vez que a celulite apresenta muitas causas.

Ultra-som

O uso do ultra-som no tratamento do fibro edema gelóide está vinculado à sua capacidade de fonoforese, ou seja, penetração de ativos através da onda ultrassônica, além de promover formação de nova vascularização com conseqüente aumento da circulação, rearranjo e aumento das fibras de colágeno e melhora das propriedades mecânicas do tecido (maior resistência, melhor aparência, liberação de aderências de fibrose da celulite grau III).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente, para alcançar o padrão de beleza, a mulher submete-se a uma série de sacrifícios como dietas, medicamentos, exercícios exaustivos e comumente a intervenções cirúrgicas, na tentativa de aprimorar ou manter uma boa aparência estética.

O fibro edema gelóide aparece nos dias atuais como sendo a principal queixa e preocupação das mulheres, quando questionadas sobre disfunções estéticas. Além de ser um incômodo aos olhos, comprometendo a auto-imagem e a auto-estima, causa também acometimentos físicos graves, tais como a dor e alterações de sensibilidade, da mesma forma prejudicial aos aspectos psíquicos, causando transtornos na saúde da mulher.

A fisioterapia dermato-funcional é uma área que vem de encontro com as necessidades de tratamentos não-invasivos nos dias de hoje, atuando de forma menos agressiva e exaustiva as pacientes.
 
Autor: Lílian Zanchetta Castelli
Formação: Fisioterapeuta Dermato-Funcional graduada pela USP, com experiência profissional em clínicas de estética. E-mail: lilicastelli@yahoo.com.br