quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

10 perguntas e respostas sobre uso do Hidratante Facial

Pele hidratada, mais luminosa, protegida da poluição, da radiação solar e dos sinais do envelhecimento precoce. Usar um bom hidratante facial, com FPS, faz muito mais pela saúde da sua pele do que você imagina! Mas na hora de aplicar o creme surge muitas dúvidas que vão desde o tipo indicado até a quantidade e frequência de uso. A seguir, a dermatologista Paula Cabral, da clínica Hagla, no Rio de Janeiro, esclarece as maiores dúvidas sobre o assunto. Depois disso, é só colher todos os benefícios de usar o hidratante.

1.Qual a melhor hora do dia para passar o hidratante?
O indicado, em geral, é aplicar o hidratante pela manhã, após o banho ou após fazer a higiene matinal) e à noite (após o banho ou a limpeza da pele). Logo após o banho é o momento mais apropriado, porque os poros estão mais "abertos" e a absorção do hidratante é mais eficiente. Antes do filtro solar e da maquiagem também é interessante, porque ajuda a manter a hidratação da pele.

A frequência deve ser orientada pelo seu dermatologista pois isso vai depender do tipo de pele. Uma pele seca, por exemplo, necessita de mais hidratação do que as mistas e oleosas. Outro ponto importante é que a hidratação também acontece de dentro para fora, por isso é fundamental a ingestão de no mínimo 2 litros de água por dia para favorecer a pele.  

2. A partir de qual idade é indicado usar o hidratante?
Geralmente, a partir dos 25 anos. Dependendo do tipo de pele e de predisposição a dermatite atópica e psoríase, desde a infância, mas com orientação médica.

3. Como escolher o tipo de hidratante adequado para cada pele?
Para quem tem a pele seca é necessário recorrer a uma hidratação intensiva e deve-se usar produtos à base de óleo de amêndoas, aloe vera, ureia, entre outros. Já as oleosas necessitam de hidratantes em forma de gel, que atendem a função de proteger, controlar a oleosidade e minimizar o aparecimento de cravos e espinhas. Os hidratantes ideais para pele mista devem ser formulados em gel ou gel-creme e livres de óleo. Já a pele normal se encontra em equilíbrio e deve ser hidratada para permanecer deste modo. Para isso, recomenda-se o uso de hidratantes em loção com base aquosa e fórmulas fluidas. Produtos para este tipo de pele devem conter as vitaminas C, E e A. 

4. Como deve ser a composição do creme?
Há três mecanismos que promovem a hidratação da pele. O primeiro tipo de hidratação consiste em impedir a perda de água (processo conhecido como oclusão) pelo uso de substâncias lipídicas, como óleos, emolientes e vaselinas, que têm a função de formar uma película sobre a pele. O segundo procura reter a água nas camadas superficiais da pele (método chamado de umectação) e o último tem como objetivo promover a hidratação celular (hidratação ativa). O hidratante ideal é aquele que alia mais de um tipo de mecanismo de hidratação. Antes de escolher um bom produto, a dica é olhar a sua composição e os princípios ativos. Segue abaixo três deles que fazem parte de uma nova geração de matérias-primas:

a) G.P.S - Threalose: capaz de intervir sobre a membrana celular e combater a desidratação ou qualquer tipo de estresse, tais como: variações climáticas bruscas (frio ou calor intensos), baixa umidade relativa, desidratação extrema e estresse oxidativo.

b) Aquaporine: melhora a circulação de água entre as células, reforça a reserva natural de água na epiderme, restaura a hidratação, maciez e elasticidade da pele e estimula a renovação e função celular.

c)Laminactinet: nanodispersão de óleo de perilla em liso-fosfolipídeos. Os liso-fosfolipídeos de origem natural melhoram a absorção e penetração dos ativos, além de conferir ação calmante. 

5. Como deve ser a textura do creme para cada tipo de pele?
Formulações muito oleosas devem ser evitadas, já que podem levar ao aparecimento de espinhas (acne cosmética).

Pele oleosa a mista: os hidratantes devem ser leves, fluidos, livres de óleo ("oil free"), com efeito matte que controla a excesso de brilho da pele;

Pele normal: hidratantes como loções, emulsões ou séruns;

Pele seca: hidratantes em creme ou loção cremosa.

6. O hidratante com FPS protege contra a radiação solar mesmo? Qual o FPS adequado nesse caso?
Sim, mas dentro de um período de tempo que está indicado no FPS, por isso é preciso compreender que o FPS significa o número de vezes que deve ser multiplicado ao período que a pele fica vermelha ao se expor ao sol (10 minutos, 15 minutos). Exemplo: Tempo de rubor = 5 minutos multiplicado pelo FPS 50 = 250 minutos de proteção, que corresponde a 4,16 horas de proteção. O FPS mais indicado para hidratantes é o 30. Mas deve haver a reposição ao longo do dia.

7. O hidratante deve ser aplicado depois da base da maquiagem?
Sempre antes, para hidratar e proteger a pele. Aplique o creme quando a pele estiver limpa, após o banho ou a higiene facial. 

8. Qual a quantidade certa de hidratante? Passar uma camada muito fina ou muito grossa atrapalha a eficiência do produto?
Toda pele precisa de hidratação, desde que sejam utilizados produtos corretos e adequados ao tipo de pele. Os hidratantes têm como objetivo manter a estrutura da barreira de proteção da pele, tornando-a mais macia, flexível e com melhor textura. Geralmente, as peles mais secas exigem à aplicação de uma camada mais grossa e as peles oleosas a mista uma camada mais fina, por causa do limite de absorção do produto. A quantidade ideal para o rosto e pescoço é uma colher de chá de hidratante. A camada muito fina pode não proporcionar a hidratação adequada.

9. Existe um movimento certo na hora de passar o hidratante facial?
Sim, o ideal são movimentos de dentro para fora na face e de baixo para cima no pescoço.

10. Posso passar um creme para o corpo no rosto?
O ideal é usar o cosmético da face nas regiões do rosto, pescoço e colo. Não é recomendado usar o creme do corpo no rosto. Os ativos e o veículo de um creme para o corpo geralmente não são adequados para o rosto, podendo causar problemas como acne cosmética, irritações e alergias.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como manter a beleza dos seios durante e depois da gravidez


Getty Images
Seios sem estrias durante a gravidez: cuidados e dicas mantêm a beleza
Estrias, flacidez e queda são alguns dos problemas mais comuns enfrentados por muitas mulheres durante ou após a gestação. Os efeitos indesejados nos seios, decorrentes do estiramento da pele, assim como o escurecimento dos mamilos e as doloridas rachaduras, podem ser solucionados ou pelo menos amenizados com cuidados simples. Mas para estar com tudo em cima, é preciso começar antes mesmo do início da gravide.

Os cuidados favorecem não somente a parte estética, mas também o conforto na amamentação. De acordo com a a ginecologista Maria Rita de Sousa Mesquita, diretora da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, na gravidez o aumento de hormônios provoca o crescimento e a ramificação do sistema de dutos mamários, levando ao aumento uniforme dos seios. Como consequência, comumente podem ocorrer a saliência e o ressecamento dos mamilos e o aparecimento das estrias, ocasionadas pelo rompimento das fibras de colágeno e elastina.

Por isso, é fundamental que a mulher prepare os seios antes mesmo da gestação com uma boa hidratação da pele. Para ajudar na regeneração celular e no combate ao envelhecimento, são indicados cremes e óleos à base de macadâmia ou manteiga de karitê, que devem ser aplicados na forma de massagens rotativas nas mamas, duas vezes ao dia. Não é recomendado passar hidratante nas aréolas nem nos mamilos.

Para quem quer um tratamento mais específico na prevenção de estrias, o dermatologista Jardis Volpe, especialista em estética, indica o uso de infravermelho. No método, uma luz estimula a produção de colágeno e a hidratação cutânea, melhorando o aspecto geral da pele. O ideal é fazer de quatro a seis sessões, cerca de três meses antes de a mulher engravidar.

A futura gestante também não pode se esquecer da saúde. Uma dieta balanceada, com alimentos ricos em licopeno (como o tomate), biotina (presente na carne vermelha, nos ovos e nos grãos) e vitamina C (como as frutas cítricas), contribui para obter uma pele mais firme. A realização de atividade física – quando autorizada pelo obstetra – também pode colaborar para uma gestação saudável e seios mais bonitos.

Durante a gestação

Depois do resultado positivo, os cuidados com as mamas devem ser redobrados. O corpo começa a se preparar para a amamentação e, além da manutenção da hidratação da pele, as grávidas devem usar o sutiã de sustentação, para suportar com conforto o aumento do volume mamário. Com alças mais largas, ele ajuda a distribuir o peso dos seios igualmente nos ombros, diminuindo o impacto sobre a coluna. "As peças devem ser utilizadas em toda a gestação, tanto durante o dia quanto de noite, para evitar flacidez, estrias e ingurgitamento, o famoso leite empedrado", afirma a ginecologista Maria Rita de Sousa Mesquita.

O banho de sol também é bastante recomendado para prevenir rachaduras e ativar a vitamina D no organismo. "Isso ajuda a fortalecer a pele do mamilo e a evitar fissuras quando o bebê sugar", explica a enfermeira Bárbara Pauletti, do Centro de Amamentação da Maternidade Pró-Matre (SP). No entanto, a exposição ao sol deve ser de, no máximo, 15 minutos diários, com os seios totalmente à mostra, e sempre antes das 10 horas da manhã ou depois das 16 horas, com filtro solar.


 Após o parto

Com o início da amamentação, muitas mulheres reclamam de fissuras nos mamilos. Para manter os seios saudáveis e sem dores é necessário, primeiramente, uma lactação correta. Isso inclui fazer com que o bebê abocanhe parte da aréola e não somente o bico do seio na hora de mamar. Outra dica importante para prevenir rachaduras é passar o próprio leite na aréola.


No período de lactação, a utilização de hidratantes pede mais cautela. Prefira produtos que contenham em sua fórmula ureia (com concentração máxima de 3%), lactato de amônia, colágeno, elastina e vitamina E. "Se a mãe estiver amamentando, os hidratantes à base de lanolina são os mais indicados, pois não têm contraindicação para o bebê e, por isso, não precisam ser retirados antes de amamentar", recomenda a enfermeira Bárbara Pauletti.

Também há inúmeros procedimentos estéticos para melhorar a aparência dos seios após a gestação. Um dos mais utilizados para acabar com as estrias é o ácido retinoico, prescrito pelo dermatologista e aplicado em casa mesmo. Outra indicação, esta feita em consultório médico, é o laser acompanhado de cremes estimuladores de colágeno e ultrassom.

Já a flacidez, desde que seja em grau leve, pode ser atenuada com sessões de infravermelho com radiofrequência, ajudando a dar um aspecto mais firme à pele dos seios. "Em contrapartida, este procedimento pode diminuir um pouco o tamanho da mama, e só pode ser realizado após o final da amamentação", esclarece o dermatologista Jardis Volpe.

Em casos de flacidez elevada, queda (chamada pelos médicos de ptose) e excesso de pele, a cirurgia plástica pode ser uma alternativa. "Em graus mais avançados de flacidez e ptose mamária, realiza-se o procedimento em associação com os implantes de silicone. No quadro de presença de tecido mamário, pode-se apenas reposicionar a mama sem a necessidade de implante de silicone", explica o cirurgião plástico Alexandre Mendonça Munhoz, especialista em cirurgias mamárias.

O médico recomenda, no entanto, que a cirurgia seja realizada somente após um período de oito a doze meses depois do parto. A mulher também não pode estar amamentando há pelo menos três meses e precisa ter se livrado do excesso de peso. "Também é necessário salientar que haverá um pós-operatório com repouso de três a quatro semanas, o que pode ocasionar dificuldades de carregar a criança no colo", alerta Alexandre.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Drenagem linfática correta evita danos ao corpo


Drenagem linfática correta evita danos ao corpo

Quando o assunto é beleza, nem sempre é fácil escapar dos modismos. Muitas vezes, procura-se tratamentos estéticos só porque a vizinha fez ou a amiga recomendou.

A moda do momento é uma massagem que promete maravilhas: a drenagem linfática. Mas apesar do tratamento ser conhecido do público em geral, se for conduzido por profissionais não preparados, pode acarretar danos.

No caso da drenagem linfática, o menor deles é o tratamento não surtir efeito. "Se a massagem for feita com força, com vigor, lesa os vasos linfáticos, causa dor e pode gerar hematomas", diz a esteticista Roseli Siqueira.

Atualmente, é comum profissionais realizarem a drenagem linfática em condições precárias, em salões de cabeleireiros e clínicas de estética não coordenadas por profissionais da área médica. "Antes de começar qualquer tratamento, é necessário verificar as condições do lugar e principalmente ter referências do profissional. Além da estética, a saúde da pessoa também está envolvida", afirma Roseli.

Para a engenheira Daniella Moreira, a drenagem mal feita ocasionou manchas roxas na barriga. "Eu não tinha condições de pagar um tratamento com dez sessões e uma vizinha me informou que no salão onde ela freqüentava tinha uma pessoa que fazia a massagem pela metade do preço. E eu me arrisquei", conta.

Na primeira sessão, Daniella achou estranho as manchas roxas que apareceram na barriga. "Eu estava estranhando sentir dores e encontrar manchas roxas no meu corpo, mas como não sou muito informada achei melhor esperar o resultados das outras sessões", diz a engenheira.

Quando o tratamento é feito por uma pessoa sem formação, além de não ser satisfatório, o paciente pode ser iludido com falsas promessas de resultados fora da realidade. "A drenagem linfática médica é indispensável no tratamento do processo patológico da celulite. Mas ela precisa ser combinada a outros métodos para que o tratamento surta o efeito esperado", explica Roseli Siqueira.

Segundo Daniella, na sexta sessão os resultados não apareciam. "Eu não perdi medida, as minhas celulites não diminuíram e eu não paguei o restante do tratamento. Depois de três semanas sem a drenagem, minha barriga ficou sem manchas e minhas dores passaram. Fiquei traumatizada com o tratamento", conta.

Roseli afirma que a cada ano surgem novos tratamentos estéticos e aparelhos de eletroterapia, técnicas de massagens, um arsenal de cosmecêuticos (cosméticos associados a princípios ativos) e paths, adesivos que servem como coadjuvantes no tratamento. Porém, todos esses recursos podem ser utilizados de forma incorreta se o profissional não tiver conhecimento da afecção, ou seja, das formas clínicas da celulite e seus estágios.

"É indispensável que o profissional tenha um amplo conhecimento da área para poder desenvolver novas pesquisas, estudando e aprofundando cada tópico terapêutico, para constatar os reais efeitos fisiológicos das diversas formas de aplicação de cada modalidade terapêutica, suas indicações e contra-indicações", afirma Roseli Siqueira.