quinta-feira, 25 de julho de 2013

Como tratar os diversos tipos de cicatrizes



As marcas superficiais podem ser amenizadas em até 90% com dermoabrasão e peeling químico ou a laser. Porém, quando a cicatriz é profunda, na forma de furinhos, os tratamentos chegam a amenizá-las em apenas 60%. Nesse caso, duas ou mais técnicas são combinadas. "Depois de uma intervenção cirúrgica para resolver a depressão, podem usadas técnicas de preenchimento ou de lixamento para igualar a superfície da pele", explica dra. Ana Lúcia.

» Elimine as cicatrizes do rosto

Cicatriz provocada por ferimentos
Peeling de ATA suaviza as manchas acastanhadas e disformes. Se há alteração no relevo cutâneo, são recomendados preenchimento com gordura, ácido hialurônico ou colágeno. O efeito é temporário: dura de oito meses a um ano e meio. Já no caso de fibrose - formação excessiva de fibras, deixando a pele endurecida e esbranquiçada - pouco se pode fazer.

Cicatriz provocada por cortes cirúrgicos
Marcas escuras são suavizadas com a aplicação de ácido retinóico e clareadores. O uso continuado é capaz de igualar a tonalidade da pele. As manchas esbranquiçadas são difíceis de serem amenizadas. "A tatuagem tem sido usada para disfarçá-las. Mas ainda é uma técnica pouco desenvolvida e só deve ser feita por um médico", alerta a dermatologista.

Cicatriz provocada por queimadura
Em casos graves, somente a cirurgia plástica pode amenizar o problema, em até 70%. Nesse caso é feito o enxerto que, aos poucos, devolve a elasticidade da pele, alterada pela destruição dos tecidos. "O número de intervenções depende da extensão da cicatriz", diz o cirurgião-plástico. As manchas claras podem ser amenizadas com aplicação de ácido retinóico para uniformizar o tom da pele. Já as manchas mais escuras, podem ser suavizadas com o uso de hidroquinona (clareadores); e no caso de quelóides, com infiltração de corticóides.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mímicas Faciais e o Kabat para Rugas


O envelhecimento é um processo natural do organismo, ocorre desde o nascimento, mas só aparecem sinais após a terceira idade. Está intimamente relacionado com a qualidade de vida do indivíduo.

A medicina, a fisioterapia e a estética promovem o desenvolvimento de técnicas destinadas a corrigir alterações do relevo cutâneo da face e de outras regiões do corpo, por meio de procedimentos clínicos, desde minimamente invasivos, com produtos químicos tópicos e injetáveis, até procedimentos cirúrgicos.

A estética lança mão de recursos manuais, como a massagem e cosméticos, atuando desde a preparação da pele para receber o tratamento, até a prevenção do seu envelhecimento.

A fisioterapia dermato-funcional utiliza técnicas, como galvanopuntura, iontoforese, microcorrentes, correntes excitomotoras, laser e ginástica facial, associadas aos cosméticos funcionais. Além dos tratamentos convencionais dentro da Fisioterapia Dermato-Funcional,temos também o método Kabat que é utilizado para Paralisia Facial,Distúbios de ATM e na Estética para as Ruguinhas!!!

Método de Kabat:  Este método, também designado de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (P. N. F.), promove e acelera as respostas dos mecanismos neuromusculares através da Estimulação dos receptores.

Facilitação: Em Biologia, significa aceleração ou promoção de um processo natural, na Reabilitação, visa a melhoria do movimento e em Fisiologia tenta elevar o estado central de excitação, diminuindo a resistência ao impulso nervoso nas sinapses. Este impulso prepara o axónio para o próximo estimulo, visando o aparecimento da acção do músculo. Todas as vezes que se fala em Facilitação (reabilitação), fala-se em inibição. Quando facilitamos, estamos a estimular, logo, aumentamos a estimulação, assim sendo, alcança-se a mudança da permeabilidade da membrana, ocorrendo a despolarização, caso o estímulo seja limiar.

Neuromuscular: Este método utiliza sempre a unidade motora (motoneurónio mais as fibras musculares por ele enervadas) que trabalha em relação a ser "tudo ou nada".

Proprioceptiva: Usa a estimulação dos receptores proprioceptivos, embora utilize todos os outros receptores. De acordo com Adler, S.; Beckers, D; Buck, M; 1999 (defensores do método de Kabat) o principal objectivo deste método visa conseguir o movimento normal que depende das acções integradoras do sistema nervoso central, da morfologia, da cinesiologia, do aprendizado do desenvolvimento motor e da conduta motora.

Os padrões utilizados neste tipo de tratamento, visam a utilização de valores positivos, como tal, trabalham-se as partes mais fortes, irradiando energia nervosa para as mais fracas(7). É ainda objetivo deste método, induzir ao doente a capacidade de usar as partes mais fortes, para que se obtenha a irradiação do impulso nervoso. Como processos básicos deste método, devem salientar-se:

Padrões de Movimento: Usa movimentos em massa, globais, que são executados nos três planos do espaço, feitos em diagonal e espiral. Cada sector do aparelho locomotor possui duas diagonais de movimento e cada diagonal tem dois padrões antagonistas entre si.

Estímulo e reflexo de estiramento: Fisiologicamente, são a mesma coisa. Na prática, o estímulo é o máximo de alongamento do músculo; é a posição do início de cada padrão, enquanto o reflexo de estiramento é a ultrapassagem rápida do limite dado ao estiramento.

Tracção – Aproximação – Contactos Manuais e Máxima Resistência: São utilizados para estimular os receptores da pele e daí a máxima resistência, que é variável de pessoa para pessoa, do tipo de contracção muscular (isotónica ou assimétrica) e do tipo de movimento. Tem como principal objetivo a irradiação do estímulo nervoso.

Comandos Verbais e Estímulos Visuais: Existe reflexos entre os Tubérculos Quadrigémeos Inferiores (visão) relacionados com o núcleo motor.

A Sequência dos Movimentos: Nas Paralisias Faciais, os estímulos devem ter início na porção superior da Face, mesmo que não seja esta a região mais afectada.

Exercícios de Kabat e Mímicas Faciais

O real valor da Fisioterapia pode não ter sido demonstrado em vários estudos, mas parece ter efeito benéfico no sentido de evitar deformidades e manter a flexibilidade e a elasticidade muscular durante o período de paralisia. Exercícios específicos podem ser indicados quando se observa esboço de movimento da musculatura envolvida. Estes não interferem na velocidade de recuperação, mas podem melhorar a função. As figuras que se seguem demonstram exemplos de alguns dos exercícios faciais que podem ser feitos enquanto durar a paralisia.

"Unir as Sobrancelhas": Este exercício tem como principal objectivo reforçar o músculo Supraciliar. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente unir as sobrancelhas, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região do músculo em questão. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Enrugar a Testa": Este exercício tem como principal objetivo reforçar o músculo Supraciliar. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente juntar as sobrancelhas à parte superior do nariz, enrugando a testa, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região do músculo em questão. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Elevar as Sobrancelhas": Este exercício tem como principal objectivo reforçar o músculo Frontal. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente levantar as sobrancelhas, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região do músculo em questão. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Fechar os Olhos Abruptamente": Este exercício tem como principal objectivo reforçar os músculos Supraciliar e Orbicular das Pálpebras. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente fechar os olhos com força, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região lateral de ambos os olhos. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Sorrir": Este exercício tem como principal objectivo reforçar o músculo Risorius. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente sorrir sem mostrar os dentes, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região lateral dos lábios. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Mostrar os Dentes": Este exercício tem como principal objectivo reforçar os músculos Risorius e Quadrado do Mento. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente sorrir mostrando os dentes, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região lateral dos lábios. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Assobiar": Este exercício tem como principal objectivo reforçar os músculos Bucinador, Orbicular dos Lábios e Quadrado do Mento. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente fazer o movimento como se fosse assobiar, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região lateral dos lábios. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Encher a Boca de Ar": Este exercício tem como principal objectivo reforçar os músculos Bucinador, Orbicular dos Lábios e Quadrado do Mento. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente encher a boca de ar, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região lateral dos lábios. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

"Depressão do Lábio Inferior": Este exercício tem como principal objectivo reforçar os músculos Orbicular dos Lábios e Quadrado do Mento. Para isto, pede-se ao doente que, olhando para o espelho, tente puxar o lábio inferior para baixo, resistindo à força (resistência) exercida pelo Fisioterapeuta na região do queixo. O Fisioterapeuta, antes que o doente execute o movimento, dá um estímulo, na região do músculo em causa, no sentido contrário ao do movimento pedido.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Banalização da Cirurgia Plástica




É muito comum encontrarmos anúncios e até profissionais médicos que tentam tornar um ato cirúrgico, principalmente os de finalidade estética, em algo banal. Uma cirurgia seja ela qual for é sempre algo complexo, pois exige que certas regras sejam seguidas. Estas regras são definidas pela Técnica Operatória que é uma das bases da cirurgia. Quando a Técnica Operatória não é seguida, significa que o procedimento pode ter sido, de alguma maneira comprometido. Por exemplo, se os cuidados de assepsia não forem seguidos pode-se causar no paciente a ocorrência de infecção, além de outros problemas.

De modo geral não há cirurgia simples. O que há são procedimentos mais ou menos complexos do ponto de vista técnico, mas mesmo uma cirurgia de pequeno porte não é simples, pois para que esta seja realizada com segurança para o paciente é preciso que o procedimento seja feito obedecendo rigorosamente a Técnica Operatória.

Como sempre faço com meus pacientes, quando me questionam se a cirurgia é simples, pergunto: Atravessar a rua é simples? Se pensarmos bem antes de responder esta questão veremos que atravessar a rua, algo que fazemos milhares de vezes na nossa vida e que nos parece ser algo muito fácil, muito simples, na verdade não é algo tão simples. Pela nossa prática diária, por ser algo corriqueiro, atravessamos dezenas de ruas em uma única tarde e não nos damos conta da complexidade que este ato possui. Sabemos também que existem riscos ao atravessar uma rua, pois no nosso inconsciente sabemos que podemos sofrer um grave acidente se não prestarmos a devida atenção e ter o devido cuidado ao fazê-lo.

Assim também ocorre nas cirurgias. Pode até parecer que o procedimento seja algo simples, mas como dito, mesmo que seja um procedimento pequeno devemos sempre tomar cuidado para que as normas básicas da Técnica Operatória não sejam quebradas, e se isto ocorrer, conseqüências graves, como complicações as vezes impossíveis de serem tratadas e até mesmo a morte, podem acontecer.


Vejamos:

Uma regra da Técnica Operatória que muitos insistem em quebrar é a de realizar um procedimento cirúrgico em um ambiente adequado. Cirurgia tem que ser realizada em um ambiente cirúrgico. Cirurgia deve ser feita em uma sala de cirurgia. Uma sala de consultas não é local para realização de procedimentos cirúrgicos. O consultório não pode ser utilizado para realização de cirurgia, pois é um ambiente que não possui características adequadas para este fim, não atende a normas técnicas e de segurança que uma sala de

irurgia deve ter.

Alem da Técnica Operatória a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária define através de normas o que é um ambiente adequado para a realização de cirurgia. Qualquer situação que fuja a estas normas além de colocar em risco a integridade do paciente, corresponde a infração e é passível de punição por ação da ANVISA.

O ato cirúrgico é uma agressão ao organismo. Esta agressão é algo controlado, mas sempre está presente. A isto chamamos de Trauma Cirúrgico. O resultado desta agressão é uma reação do nosso organismo onde uma série de mecanismos biológicos são ativados com a finalidade de promover o reparo aos danos causados pela cirurgia. A cicatrização é um destes processos que dependente da resposta inflamatória é ativada no momento da cirurgia e se prolonga por aproximadamente 24 meses. Isto significa que a cicatrização de uma cirurgia começa no dia da cirurgia e somente estará completa no final do segundo ano após sua realização. Durante os primeiros quinze dias o processo cicatricial e inflamatório é muito intenso, mas a cicatriz resultante não suporta tensão. Se tracionada, a cicatriz pode romper, abrindo a área como no local da incisão, ou deformar-se resultando em alargamento da cicatriz da pele, movimentação de implantes (como o implante de silicone – prótese de silicone) que podem causar a perda do resultado ou mesmo seqüelas anestéticas.

A cicatriz torna-se resistente a tração somente no final do sexto mês após a cirurgia e se o paciente realizar esforços físicos durante este período, dependendo da sua intensidade, pode resultar em sua deformidade ou migração dos implantes.

Por isso evitar esforços físicos durante os primeiros seis meses de pós-operatório é muito importante para o resultado final da cirurgia. Para cirurgias das mamas é importante que a paciente evite dirigir por pelo menos três meses depois do procedimento.

Isto é um fato intrínseco a cicatrização e não está sob o comando de ninguém. Não há como interferir sobre estes processos e eles estão sob o controle do organismo do paciente e não sob o domínio ou vontade do cirurgião. Também não há “esta” ou “aquela” técnica que modifique este fato.

Apesar disto é muito comum vermos quem diga que com apenas alguns dias de pós-operatório ou que com o uso “da técnica X” tudo volta ao normal imediatamente e que o paciente já pode fazer de tudo com um tempo mínimo de repouso, retomando as suas atividades normais de antes do procedimento cirúrgico. Há ainda uma situação mais grave onde alguns profissionais prometem resultados imediatos com um mínimo ou sem nenhum período de repouso.

Esta situação é algo muito perigoso, pois se os cuidados de repouso, se os esforços físicos não forem evitados, podemos ter uma perda total do resultado final da cirurgia, ou o aparecimento de seqüelas, muitas vezes de tratamento difícil.

O que ocorre é que na grande maioria das vezes uma pessoa não quer passar por um período de recuperação tão longo, deseja que isto seja “algo mais simples” e que o resultado final seja imediato. É difícil mostrar a um paciente que este processo é lento e que independe da vontade do cirurgião e do próprio paciente, mas sim do seu organismo, gerando uma perda do interesse do paciente pela realização de uma cirurgia.

Muitos profissionais sabendo disto se deixam levar e acabam por tentar minimizar este fato prometendo ao paciente uma recuperação milagrosamente rápida sem que seja necessária nenhuma abstinência dos esforços físicos, o que muitas vezes pode acarretar problemas ao próprio paciente.

Soma-se ao descrito outros fatores e ocorrências e o resultado final é uma verdadeira banalização da Cirurgia Plástica e principalmente dos procedimentos de cirurgia estética.

A Lipoaspiração é na minha opinião a cirurgia que é mais banalizada hoje em dia. Haja vista o número infinito de nomes que são dados ao procedimento. Minilipo, Hidrolipo, Lipoaspiração com Microcânulas, TDGL, HLPA, e outros que na verdade possuem apenas um cunho apelativo e especulativo, pois o procedimento de Lipoaspiração é único e suas variações muitas vezes não representam nenhum benefício ao paciente e são meramente apelos comerciais.

Quando ouço o termo Lipoaspiração com Microcânulas fico absolutamente indignado. No desenvolvimento da técnica de Lipoaspiração inicialmente foram utilizadas cânulas de grosso calibre, com seis a dez milímetros de espessura. Com o passar dos anos e aprimoramento da técnica observou-se que cânulas mais finas, com um lúmen de três a quatro milímetros produziam um resultado final com melhor qualidade, pois diminuíam a presença de irregularidades na área submetida ao procedimento. Hoje a grande maioria dos cirurgiões plásticos utiliza cânulas com três a quatro milímetros, sendo raros os casos onde se utilizam cânulas com mais de quatro milímetros.

O termo Micro refere-se a algo que possui um tamanho que não pode ser visualizado a olho nu sendo necessário utilizar um microscópio para que este seja visualizado. Assim pergunto, como pode uma cânula microscópica ser utilizada para remover a gordura de uma pessoa? A gordura é uma substância muito densa e com o uso de cânulas de três milímetros há certa dificuldade em fazer a sua retirada. Fico imaginando como seria fazer isto com uma microcânula. Talvez seja algo parecido com querer molhar o jardim usando um fio de cabelo.

Cirurgia é algo sério e não pode ser banalizada, seja ela qual for. Lembre-se de que quando ocorre isto geralmente é o próprio paciente que sofre as conseqüências. É preciso estar bem informado e saber que não há forma milagrosa para se obter uma melhoria estética e muito menos como burlar a natureza do corpo humano modificando o seu funcionamento, ou desejando que isto ocorra, de acordo com a nossa vontade. Mas, principalmente é preciso que aqueles que prometem algo que não pode ser obtido, aqueles que querem burlar o que é preconizado pela Técnica Operatória, ou se valem de nomes e denominações especulativas para um determinado procedimento cirúrgico com a finalidade meramente de marketing comercial sejam evitados, pois, pode ser que este profissional, mesmo sendo munido de habilitação para exercício da profissão médica, possa estar interessado apenas em benefícios próprios deixando de lado os cuidados, o zelo e a segurança que todo paciente merece e deve ter.

Dr. Iversen Ferrante Boscoli

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A microdermoabrasão ou peeling de cristal



A microdermoabrasão ou peeling de cristal é um peeling mecânico que utiliza um sistema abrasivo com recurso a um fluxo de microcristais de óxido de alumínio associado a sucção a vácuo dos cristais projetados e fragmentos celulares resultantes da esfoliação.

A profundidade de peeling atingida depende da quantidade de cristais projetados, da granulometria dos cristais, da velocidade de projeção e do número de passagens da cânula.

A microdermoabrasão também pode ser realizada utilizando uma ponteira diamantada (peeling de diamante), neste caso consiste na utilização de uma caneta com ponteira de lixa, que pode apresentar diversos diâmetros. Esta é passada sobre a pele húmida promovendo esfoliação e, simultaneamente aspira os fragmentos de pele, através de um orifício no centro da ponteira.


Tal como em outras técnicas abrasivas, a microdermoabrasão provoca remoção de células mortas via peeling mecânico e desencadeia um processo inflamatório local, aumentando deste modo a atividade fibroblástica e por conseguinte os elementos constituintes dérmicos. Contrariamente aos peelings químicos, neste método a esfoliação é imediatamente controlada.

Por razões de segurança o fisioterapeuta não deve ultrapassar o peeling de nível epidérmico, uma vez que os recursos ao seu dispor não permitem controlar as reações adversas que podem decorrer de peelings mais profundos.

Indicações da microdermoabrasão:
Cicatrizes de acne;
Estrias;
Rugas;
Manchas hipercrómicas.


Contra-indicações da microdermoabrasão:
Infeções ativas;
Acne ativa;
Rosácea;
Lupus;
Úlceras e erosões;
Verrugas;
Herpes.

São expetáveis certas reações após a aplicação da microdermoabrasão, decorrentes da resposta inflamatória desencadeada, nomeadamente, prurido, eritema, sensação de pele queimada e ligeiro edema.

Complicações da microdermoabrasão: Hiperpigmentação pós-inflamatória, ptéquias, púrpura. A exposição crónica por parte do profissional pode conduzir a reações de hiper-reactividade ao alumínio e em caso mais extremos a problemas pulmonares ou mesmo a distúrbios neurológicos. Como tal, é fundamental que este esteja devidamente protegido com máscara de proteção para aerossóis, óculos, bata e luvas sempre que manuseia este recurso terapêutico.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Antioxidantes e o envelhecimento



A pele tem a função principal de atuar como barreira protetora do organismo contra agressões do meio externo, uma das agressões causadas na pele seria o envelhecimento que é temido não apenas pelas mulheres, mas também pelos homens. O envelhecimento cutâneo é um tema extremamente abrangente, pois envolve envelhecimento celular, pigmentação, rugas, flacidez e ressecamento da pele (Kede & Sabatovich, 2003).

O envelhecimento diferencia-se entre intrínseco e o extrínseco, sendo o envelhecimento extrínseco causado por agentes exógenos como a exposição ao sol, vento, poluição e baixa umidade ambiental e o envelhecimento intrínseco são causas endógenas que se referem às mudanças anatômicas e fisiológicas devido aos fatores fisiológicos e genéticos. A maioria das alterações da pele é devida a exposição acumulada à luz ultravioleta (UV) (Gilcherst & Krutmann, 2007).

Os produtos cosméticos antienvelhecimentos atuam de diversas formas, estimulam a renovação celular, promovem a hidratação da epiderme, oferecem fotoproteção, estimulam síntese de macromoléculas, como colágeno e reforçam a defesa antioxidante (Garewal & Diplock, 1995).

Os antioxidantes são responsáveis pela proteção do organismo contra a ação dos radicais livres, que danifica as camadas da pele, ocasionando a formação de depressões que são pequenas fendas chamadas rugas. Os antioxidantes podem ser encontrados naturalmente em nosso organismo e em alimentos como vitaminas A, C e E, selênio, zinco, bioflavonóides, licopeno, isoflavonas, catequinas (Halliwell & Guitteridge, 2000).
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Dentre os principais antioxidantes estão às vitaminas que são indicadas para aplicação de uso tópico combatendo várias doenças da pele, especialmente para ajudar a prevenir, retardar ou impedir certas mudanças degenerativas associadas ao processo de envelhecimento. (Maia Campos, 2006).

A aplicação tópica de antioxidantes neutraliza alguns radicais livres, levando a diminuição ou a prevenção dos sinais do envelhecimento cutâneo. Para a administração tópica de antioxidantes ser efetiva na prevenção do envelhecimento da pele, a estabilidade do produto é crucial, pois antioxidantes são instáveis, podem oxidar facilmente, tornando-se inativos antes de alcançar seu objetivo, e devem ser corretamente absorvidos na pele para alcançar seu tecido de objetivo de forma ativa, e permanecer lá ate ter os efeitos desejados. (Langley, 2000).

A Vitamina A, na foram de retinol, desde que em concentrações de 0,3% até 4%, e o retinaldeído, nas concentrações de 0,05% a 1%, são permitidos nos produtos cosmecêuticos e demonstram eficácia no tratamento do envelhecimento. Já a Vitamina C é útil desde que usada na forma de ácido ascórbico levógiro e nas concentrações de 5% a 15%, sendo ideal no mínimo 10% (Bagatin, 2009).

A ação antioxidante da Vitamina E, conhecida como α-tocoferol se dá tanto por neutralização das formas radicalares, inibindo a peroxidação lipídica, como por inibição direta da peroxidação lipídica (Okigami, 2001).

Os polifenóis do Chá Verde são obtidos da planta Camellia sinensis e as epicatequinas, comumente chamadas de polifenois, impedem à penetração da radiação UVB, evitando os seus efeitos sobre as células, inclusive a imunossupressão. Têm, portanto, propriedades antioxidante, antiinflamatória e anticarcinogênica demonstradas largamente em estudos in vitro ou em animais (Bagatin, 2009).

A Ubiquinona, também conhecida como Coenzima Q10, exerce sua atividade antioxidante através da transferência de prótons da membrana mitocondrial, neutralizando radicais reativos de oxigênio e prevenindo os danos nas biomoléculas (Magalhães, 2000).

Com o aumento da expectativa de vida da população e sua crescente procura por produtos antienvelhecimento, a Cosmetologia busca constantemente novos produtos que previnam e atenuem os sinais do envelhecimento cutâneo, investindo cada vez mais nos estudos das substâncias antioxidantes.

Fonte