Drenagem linfática correta evita danos ao corpo
Quando o assunto é beleza, nem sempre é fácil escapar dos modismos. Muitas vezes, procura-se tratamentos estéticos só porque a vizinha fez ou a amiga recomendou.
No caso da drenagem linfática, o menor deles é o tratamento não surtir efeito. "Se a massagem for feita com força, com vigor, lesa os vasos linfáticos, causa dor e pode gerar hematomas", diz a esteticista Roseli Siqueira.
Atualmente, é comum profissionais realizarem a drenagem linfática em condições precárias, em salões de cabeleireiros e clínicas de estética não coordenadas por profissionais da área médica. "Antes de começar qualquer tratamento, é necessário verificar as condições do lugar e principalmente ter referências do profissional. Além da estética, a saúde da pessoa também está envolvida", afirma Roseli.
Para a engenheira Daniella Moreira, a drenagem mal feita ocasionou manchas roxas na barriga. "Eu não tinha condições de pagar um tratamento com dez sessões e uma vizinha me informou que no salão onde ela freqüentava tinha uma pessoa que fazia a massagem pela metade do preço. E eu me arrisquei", conta.
Na primeira sessão, Daniella achou estranho as manchas roxas que apareceram na barriga. "Eu estava estranhando sentir dores e encontrar manchas roxas no meu corpo, mas como não sou muito informada achei melhor esperar o resultados das outras sessões", diz a engenheira.
Quando o tratamento é feito por uma pessoa sem formação, além de não ser satisfatório, o paciente pode ser iludido com falsas promessas de resultados fora da realidade. "A drenagem linfática médica é indispensável no tratamento do processo patológico da celulite. Mas ela precisa ser combinada a outros métodos para que o tratamento surta o efeito esperado", explica Roseli Siqueira.
Segundo Daniella, na sexta sessão os resultados não apareciam. "Eu não perdi medida, as minhas celulites não diminuíram e eu não paguei o restante do tratamento. Depois de três semanas sem a drenagem, minha barriga ficou sem manchas e minhas dores passaram. Fiquei traumatizada com o tratamento", conta.
Roseli afirma que a cada ano surgem novos tratamentos estéticos e aparelhos de eletroterapia, técnicas de massagens, um arsenal de cosmecêuticos (cosméticos associados a princípios ativos) e paths, adesivos que servem como coadjuvantes no tratamento. Porém, todos esses recursos podem ser utilizados de forma incorreta se o profissional não tiver conhecimento da afecção, ou seja, das formas clínicas da celulite e seus estágios.
"É indispensável que o profissional tenha um amplo conhecimento da área para poder desenvolver novas pesquisas, estudando e aprofundando cada tópico terapêutico, para constatar os reais efeitos fisiológicos das diversas formas de aplicação de cada modalidade terapêutica, suas indicações e contra-indicações", afirma Roseli Siqueira.
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