Luz Intensa Pulsada










A luz intensa pulsada (IPL) é uma fonte de luz de alta intensidade, não colimada, não coerente e policromática. A sua utilização tem revelado eficácia no tratamento de diversas afeções cutâneas.


Este sistema utiliza uma fonte de luz com comprimentos de onda entre 400 e 1200nm de modo a atingir seletivamente as diferentes estruturas da pele, para tal, são utilizados filtros para limitar a amplitude dos comprimentos de onda. Quanto maior o comprimento de onda, maior é a profundidade atingida.

A pele apresenta cromóforos endógenos – água, hemoglobina e melanina e pode ainda apresentar cromóforos exógenos – pigmentação de tatuagens. Os cromóforos têm espetros de absorção próprios para cada comprimento de onda. Esta caraterística torna o IPL efetivo para lesões vasculares e pigmentares.

O princípio utilizado por esta terapia prende-se com a capacidade de absorção da radiação por determinado cromóforo localizado na derme ou epiderme, sem compromisso dos tecidos adjacentes da estrutura alvo que pode ser um pelo, telangiectasia, mancha hipercrómica ou pigmentos de tatuagens. Deve-se selecionar o comprimento de onda para o qual o cromóforo-alvo tenha absorção máxima.

O modo de atuação do IPL consiste na aplicação de energia luminosa com uma faixa de comprimento de onda específico em cromóforos alvo, que transformam a energia luminosa em energia térmica com a finalidade de gerar calor nas células adjacentes, propiciando a ocorrência de micro lesões localizadas e controladas através da desnaturação térmica de moléculas selecionadas – fototermólise seletiva.

O efeito do IPL depende do dano térmico seletivo, dirigido a um cromóforo em particular, como a hemoglobina nas lesões vasculares, o melanossoma nas lesões pigmentadas ou pigmentos exógenos como é o caso das tatuagens. Na epilação o alvo é a melanina da haste do pelo e da matriz, ocorrendo lise das células germinativas do bolbo.

O IPL é um recurso com efeitos na acne atuando na ativação de porfirinas, e consequentemente na inibição do processo inflamatório.

O IPL tem vindo a ser utilizada na remoção de tatuagens, visto que, a aplicação da radiação provoca microfragmentação dos pigmentos exógenos, que posteriormente são fagocitados por macrófagos.

Outra das aplicações do IPL é o fotorejuvenescimento. Estudos existentes revelam intensa produção de colagénio tipo I e III após algumas sessões de IPL. O mecanismo de atuação baseia-se na capacidade de fotobioestimulação - A luz incidente na derme é absorvida pelo sangue (hemoglobina), provocando dano térmico reversível do colagénio, com libertação de mediadores inflamatórios e estimulação do processo de cicatrização, desta forma, obtém-se contração e remodelação das fibras de colagénio concluído o período inflamatório.

A emissão multipulsada do IPL permite acumular mais energia sem afetar o tecido circundante, possibilitando a utilização em fototipos altos. Contudo, fototipos III, IV e V por conterem mais pigmento sentem muito mais a agressão, devendo a energia e o comprimento de onda utilizado levar em conta esse fator.


Indicações do IPL:
Epilação;
Hiperpigmentação;
Lesões vasculares (telangiectasias);
Envelhecimento cutâneo;
Cicatrizes;
Acne


Contra-indicações do IPL:
Neoplasias;
Doenças desencadeadas pela luz;
Peles recentemente bronzeadas e fototipo VI;
Medicamentos e cosméticos fotossensíveis nos 15 dias precedentes e posteriores à terapia;
Gravidez;
Diabetes;
Terapia anticoagulante;
Exposição solar direta nas 4 semanas pré e pós tratamento.

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