Mastectomia - Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama







Há décadas que o tratamento cirúrgico do câncer de mama é baseado na retirada do tumor e no esvaziamento axilar . A retirada do tumor pode exigir uma mastectomia radical (amputação completa da mama), ou dependendo da dimensão da lesão, propiciar um tratamento conservador (retira-se o tumor e preserva-se a mama, seguido do tratamento de radioterapia).

O esvaziamento axilar é parte do tratamento cirúrgico desde o final do século passado, e muito pouco foi mudado em relação aos tumores infiltrantes, ou seja, aqueles que já romperam os canais ou ductos e invadiram os tecidos adjacentes.

O esvaziamento axilar é importante no controle local da doença e no planejamento dos tratamentos complementares, uma vez que se os gânglios exilares já contiverem células tumorais será necessário um tratamento sistêmico com quimioterapia e/ou hormonoterapia. Infelizmente, este esvaziamento tem possíveis complicações como o edema do braço ou linfedema (inchaço), parestesia (diminuição da sensibilidade ) da região axilar e do terço mediais do antebraço e pequenas alterações nos movimentos do ombro. Essas possíveis seqüelas não são muito freqüentes, mas se ocorrem são bastante desagradáveis.

Um novo método, conhecido como "biópsia de linfonodo sentinela" poderá determinar com uma precisão em torno de 98%, se os linfonodos axilares estão acometidos pela doença e com isso, o esvaziamento axilar só seria realizado se fosse absolutamente necessário.

Esse linfonodo é identificado através de uma pequena cirurgia, com anestesia local e sedação. No dia da operação, um contraste radioativo é injetado nas proximidades do tumor de mama. Logo após, é absorvido pelos vasos linfáticos, dirigindo-se para a axila. Com o uso de uma sonda detectora de radiação localiza-se o primeiro linfonodo "sentinela", e apenas este linfonodo é retirado cirurgicamente. Ao ser examinada e, caso não contenha mais células tumorais ou metástases, a paciente não necessitaria de submeter ao esvaziamento axilar.

O método é novo no tratamento do câncer de mama, mas já está consagrado em outros tipos de tumores, como por exemplo, o melanoma. Atualmente este procedimento já é realizado em alguns hospitais, em casos selecionados.

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